IFPR Paranaguá no Ciência sem Fronteiras – Campus Paranaguá

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IFPR Paranaguá no Ciência sem Fronteiras

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Os anos de 2014 e 2015 foram especiais para dois alunos do IFPR Campus Paranaguá. Lauren Carvalho e Rafael Reges estiveram vivendo no Canadá por um ano e meio participando do Programa Ciência Sem Fronteiras do Governo Federal Brasileiro.

Uma experiência única na vida de um jovem estudante, uma bagagem extraordinária para carregar pela vida.

Para participar do programa, os alunos são avaliados pelo conceito TOEFL, não podem ter dependências em suas atividades de ensino e ainda tem que assinar um contrato de se manter no Brasil por um tempo determinado após o retorno, para que os conhecimentos adquiridos fora do país sejam compartilhados com os outros alunos e aplicados em projetos nacionais.

Lauren, que já tinha participado do Projeto Rondon em 2013 no sertão Alagoano, fez estágio como projetista em uma empresa de robótica: “nunca tinha nem sonhado com isso, me inscrevi no programa por farra e tudo deu certo”. Ela explica ainda que uma das dificuldades iniciais foi o estranhamento com seu biotipo, porém os estereótipos foram logo superados.

Primeiramente houve a fase de adaptação que ocorreu no Durham College em Oshawa – Toronto, em que os alunos do IFPR – Paranaguá, fizeram seis meses de aulas de inglês de manhã e a tarde. Era proibido falar português, o que facilitou a criação de vínculos com os colegas de turma. Somente depois desse período, puderam complementar com as disciplinas de engenharia mecânica do último ano.

Rafael, que estagiou por três meses em uma multinacional, adquiriu conhecimentos sobre a manutenção de motores eletromagnéticos para resfriamento do metal e saiu com uma carta de recomendação de seu superior na empresa. Ele comenta que no início não foi fácil, principalmente com relação ao inverno rigoroso e a adaptação com o idioma, mas “a emoção de estar lá era maior do que qualquer outro sentimento”. Rafael explica que Programa Ciência Sem Fronteiras foi à “melhor experiência de sua vida, porque a experiência trouxe uma bagagem cultural, profissional e pessoal.”

Os alunos ressaltam a extrema necessidade de autonomia para os estudos, sendo que cada turma era composta por oitenta alunos do mundo inteiro e que foi fundamental a dedicação e incentivo dos professores. Nossos alunos aproveitaram para cursar disciplinas que faziam parte da grade curricular no Brasil e outras para expandir o conhecimento: “nunca fomos tratados como alunos incapazes ou com dificuldades por sermos alunos estrangeiros, pelo contrário tivemos as mesmas exigências dos alunos de lá.”, relata Rafael.

A estrutura do Durham College em Oshawa deixou os alunos impressionados. Os alunos declaram animados: “tínhamos acessos a médico dentro do campus, farmácia, academia, existiam dois dormitórios, restaurantes, uma mega biblioteca, vários laboratórios, cafeterias, praça de alimentação, ginásio de esporte, ringue de patinação, entre muitas outras atividades disponíveis”.

Lauren e Rafael realizaram um projeto em CAD desenhando e montando uma guitarra em software, obtendo ótima nota e elogios do professor responsável. Juntamente com outros brasileiros desenvolveram um vídeo explicativo sobre a transferência de dados entre um computador e uma máquina CNC, que foi eleito o melhor trabalho da sala.

Várias oportunidades surgiram no tempo que estiveram no Canadá, um exemplo foi a participação como voluntários dos Jogos Pan Americanos de 2015. Além de conhecerem lugares e paisagens antes inimagináveis, terem contato com o povo canadense que os acolheu com educação e gentileza, também ficaram dois meses nos Estados Unidos da América.

A socialização cultural foi lembrada pelos alunos como a maior aprendizagem, já que tinham contato com alunos de várias culturas “eram feitas festas temáticas para que cada país pudesse mostrar um pouco da sua cultura e até mesmo a sua culinária, o que nos fazia sentir um pouco mais conhecedor do mundo”.

De volta a Paranaguá Lauren corre com a rotina dos estudos, pois se forma em 2016, e Rafael deixa clara a felicidade de ter conhecido através do IFPR o Programa Ciência Sem Fronteiras.

Segundo Rafael “é muito mais do que um programa de extensão, ou um programa que leva pessoas pra fora do país, é uma faculdade de vida, o aprendizado longe da família, é seu crescimento pessoal e intelectual, é uma forma de capacitação e de moldagem para experiências que jamais seríamos capazes de imaginar que um dia iríamos viver”.

O Programa Ciência Sem Fronteiras proporcionou enriquecimento acadêmico e cultural com oportunidade ímpar aos alunos que, com orgulho e grande desenvoltura acadêmica, elevaram internacionalmente o nome do IFPR – Paranaguá, mostrando o potencial dos nossos discentes.

O Programa Ciência Sem Fronteiras disponibilizou aos alunos durante esse período 22 mil dólares, além do custeio de passagens, estadia inicial e um computador para uso pessoal.

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